sábado, 22 de outubro de 2011

Estrutura da Redação para o Enem


O ESQUEMA BÁSICO DA DISSERTAÇÃO


Imagine que você queira dissertar sobre o seguinte tema:

TEMA: Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolveu graves problemas a todos.



Sua primeira providência deve ser copiar este tema em uma folha de rascunho e fazer a pergunta: POR QUÊ?


Ao iniciar sua reflexão sobre o tema proposto e sobre uma possível resposta para a questão, procure recordar-se do que já leu ou ouviu a respeito dele. É quase certo que você tenha ao menos uma noção acerca de qualquer tema que lhe vier a ser apresentado.


O ideal, para que sua dissertação explore suficientemente o assunto, é que você obtenha duas ou três “respostas” para a questão formulada; estas “respostas” chamam-se argumentos. Vejamos agora que argumentos poderíamos encontrar para este tema. Uma possibilidade é pensar que um dos sérios problemas que o homem não consegue resolver é o da miséria. Assim, já teríamos o primeiro argumentos:


1. Existem populações imersa em completa miséria.
Pensando um pouco mais nos problemas que enfrentamos, poderíamos formular o segundo argumento:


2. A paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais.

Refletindo um pouco mais sobre as questões que afligem a humanidade, logo lembramos do desequilíbrio ecológico, que pode ser nosso terceiro argumento:


3. O meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.

Viu como foi fácil? Os argumentos selecionados são exaustivamente noticiados por qualquer meio de comunicações.


Você pode encontrar outros argumentos além destes apresentados acima que justifiquem a afirmação proposta pelo tema. A única exigência é que eles se relacionem com o assunto sobre o qual está escrevendo.


Uma vez estabelecido o tema e os três argumentos, você já dispõe do necessário para, agora, na folha definitiva, começar a redigir sua dissertação. Ela deverá constar de três partes fundamentais:INTRODUÇÃO, DESENVOLVIMENTO e CONCLUSÃO.


Vamos agora redigir o primeiro parágrafo, ou seja, a INTRODUÇÃO, baseando-nos no argumentos acima. Para compô-la, basta que você copie o tema e a ele acrescente os três argumentos, assim como aparecem no quadro. 

Veja como poderia ser:





INTRODUÇÃO

            

              Chegando ao terceiro milênio, o homem ainda não conseguiu resolver graves problemas que preocupam a todospois existem populações imersas em completa miséria, a paz é interrompida freqüentemente por conflitos internacionais e, além do mais, o meio ambiente encontra-se ameaçado por sério desequilíbrio ecológico.



            Observe que, na INTRODUÇÃO, os argumentos são apenas mencionados. Neste primeiro parágrafo informamos o assunto de que a dissertação vai tratar; cada argumento será convenientemente desenvolvido nos parágrafos seguintes. Repare nas palavras POIS e ALÉM DO MAIS, colocadas neste texto para ligar as diferentes partes da INTRODUÇÃO. São elas que reúnem o tema aos argumentos. Depois de terminado o parágrafo da INTRODUÇÃO, você poderá passar ao DESENVOLVIMENTO, explicando cada um dos argumentos expostos acima.


DESENVOLVIMENTO

Assim, no próximo parágrafo, escreva tudo o que souber sobre o fato de existirem populações miseráveis.

             Embora o planeta disponha de riquezas incalculáveis – estas, mal distribuídas, quer entre Estados, quer entre indivíduos –, encontramos legiões de famintos em pontos específicos da Terra. Nos países do Terceiro Mundo, sobretudo em certas regiões da África, vemos, com tristeza, a falência da solidariedade humana e da colaboração entre as nações.


Como você pode perceber, convém, vez por outra, lançar mão de certos exemplos para comprovar suas afirmações.


No parágrafo seguinte desenvolve-se o segundo argumento:

            Além disso, nestas últimas décadas, temos assistido, com certa preocupação, aos inúmeros conflitos internacionais que se sucedem. Muitos trazem na memória a triste lembrança das guerras do Irã e do Iraque, as quais provocaram grande extermínio. Em nossos dias, testemunhamos conflitos na antiga Iugoslávia, em alguns países membros da Comunidade dos Estados Independentes, sem falar dos conflitos árabes-iraelenses, que tanta apreensão nos tem causado.



Note a presença da expressão ALÉM DISSO, no início do parágrafo, que estabelece a ligação com o parágrafo anterior. Ela deve ser colocada para evidenciar o fato de que os parágrafos se relacionam entre si.




Falaremos agora do terceiro argumento:

            Outra preocupação constante é o desequilíbrio ecológico, provocado pela ambição desmedida de alguns, que promovem desmatamentos desordenados e poluem as águas dos rios. Tais atitudes contribuem para que o meio ambiente, em virtude de tantas agressões, acabe por se transformar em local inabitável.

Observe a expressão OUTRA PREOCUPAÇÃO CONSTANTE, colocada no início deste parágrafo. Ela é o elemento de ligação com o parágrafo anterior do DESENVOLVIMENTO. Estabelece a conexão entre os argumentos apresentados.

                   Para que sua dissertação fique completa, falta apenas elaborar um último parágrafo que se denomina CONCLUSÃO. Para isso, é preciso que analisemos suas partes constitutivas.


CONCLUSÃO

                   A CONCLUSÃO pode iniciar-se com uma expressão que remeta ao que foi dito nos parágrafos anteriores (expressão inicial). A ela deve seguir-se uma reafirmação do tema proposto no início da redação. No final do parágrafo, é interessante colocar uma observação, fazendo um comentário sobre os fatos mencionados ao longo da dissertação.

Com base nessa orientação, já podemos redigir o parágrafo final, ou seja, a CONCLUSÃO.

             Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar que o homem está muito longe de solucionar os graves problemas que afligem diretamente uma grande parcela da humanidade e indiretamente a qualquer pessoa consciente e solidária. É desejo de todos nós que algo seja feito no sentido de conter essas forças ameaçadoras, para podermos suportar as adversidades e construir um mundo que, por ser justo e pacífico, será mais facilmente habitado pelas gerações vindouras.



OBSERVAÇÕES

Caso você deseje, é possível que a CONCLUSÃO seja formada apenas pelo comentário final, dispensando o início, constituído pela EXPRESSÃO INCIAL e REAFIRMAÇÃO DO TEMA; eles atuam apenas como reforço, como ênfase ao problema abordado.





Este esquema já foi testado e aprovado. Pode usar que dar certo.


TITULO DA REDAÇÃO 


INTRODUÇÃO

                   É de conhecimento geral que XXXXESCREVE O TEMAXXXX( , ) pois (XXX 1° argumentoXXX) ( , )  (XXX 2° argumentoXXX) (E, ALÉM DO MÁIS,) (XXX 3° argumentoXXX) ( . )


DESENVOLVIMENTO

                   Embora.....              Atenção: usa um preposição para iniciar.

                   Além do mais, ......... Atenção: não esquecer separa com a virgula.

                   Outra preocupação constante .......


CONCLUSÃO

                    Em virtude dos fatos mencionados, somos levados a acreditar na....

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dicas essenciais de redação para fazer a prova do Enem

» 8 temas que podem cair na redação do Enem » Veja algumas dicas para aplicar antes e durante a realização da prova do Enem » Como não entrar para lista das pérolas do Enem 




Requisito de avaliação 1: 

O primeiro nível de avaliação mede a desenvoltura do candidato com a norma culta da língua. É importante que você conheça a linguagem formal e se lembre de escrever de acordo com as regras de português. Uma boa dica é ler muito. Quem segue as regras gramaticais e convenções de escrita ganha pontos extras.



Requisito de avaliação 2:  


Outro fator que a banca costuma avaliar é a capacidade de entender a proposta da redação e estruturar um texto dissertativo. O texto deve ser dividido em introdução (1 parágrafo), desenvolvimento (2 parágrafos) e conclusão (1 parágrafo). Além disso, neste quesito é avaliada a originalidade do candidato. Procure fugir das frases clichês e do senso comum.


Requisito de avaliação 3: 
O que é avaliado neste quesito é a capacidade de o candidato construir uma linha de raciocínio e argumentação, ou seja, sua capacidade de convencimento. Aqui é essencial selecionar fatos, opiniões e argumentos pertinentes para defender as suas ideias.


Requisito de avaliação 4: O quarto requisito avaliado é o de articulação e coesão. Procure não se esquecer dos conectivos (elementos que fazem a união de orações, como "contudo", "portanto", etc). Não se esqueça que as partes do texto devem estar bem conectadas e articuladas.

Requisito de avaliação 5: O último quesito avalia a capacidade do estudante em elaborar boas propostas de solução para a problemática abordada. É muito importante que você proponha soluções para os problemas apresentados, levando em conta os aspectos humanos e as diversidades culturais.


Confira mais dicas para se dar bem em outras diciplinas:


Física:

Fique atento às aplicações da física na sua rotina. Treine a resolução de questões de eletricidade com o uso de aparelhos eletrodomésticos, questões de cinemática com exemplos de carros de corrida e outros transportes e questões de ondas que envolvam as ondas sonoras ou luminosas.


Matemática:

As questões de matemática também devem ser treinadas em questões do cotidiano, como probabilidade com cartas de baralho, semelhança de triângulos com postes e sombras e questões de juros com tarifas bancárias.


História e Geografia:

Nas matérias de história e geografia é importante estar em dia com os conteúdos relacionados às notícias de atualidades, como tsunamis, crises mundiais, meio-ambiente, etc. Além disso, sempre aparecem nas provas questões que relacionem eventos do passado com o tempo atual. Um tema que pode surgir na prova é a comparação da crise de 1929 com a crise econômica atual.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular


Para optar por um entre quase 300 cursos disponíveis, o candidato deve pesquisar carreiras e mercado. E investigar suas habilidades e expectativas

Nathalia Goulart
Dez passos e 20 questões para escolher uma carreira no vestibular

Qual caminho seguir? Para especialistas, questionar-se é melhor forma de responder a questão (Thinkstock)
Entre o A da administração e o Z da zootecnia, existem atualmente quase 300 cursos de nível superior no Brasil. É compreensível, portanto, que a dúvida se imponha aos jovens, às vezes de maneira aflitiva, no momento em que eles têm que optar por um só curso: o vestibular. "O que mais incomoda garotos e garotas às voltas com a escolha de uma profissão é a sensação de que, apesar do grande potencial de que dispõem, eles terão de escolher apenas uma carreira, deixando muitas outras para trás", diz Maria Beatriz de Oliveira, psicóloga e orientadora vocacional da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A tarefa do vestibulando de escolher uma opção de fato não é simples. Mas não precisa se transformar em um processo doloroso. Ao contrário. Pode ser o momento de pequenas aventuras e algumas descobertas. Um exemplo de aventura: procurar profissionais que já estão integrados ao mercado e ouvir deles como é o dia a dia de suas atividades. Outra possibilidade: visitar o local onde esses profissionais atuam. Afinal, é ali que o aspirante poderá trabalhar no futuro próximo.
Os especialistas aconselham que o candidato invista um pouco no autoconhecimento, além de fazer pesquisas sobre o curso pretendido e o mercado de trabalho. "O objetivo desse processo é expandir o conhecimento do vestibulando: quanto maior for seu horizonte na hora da decisão, mais certeira será sua escolha", diz Silvio Bock, pedagogo e orientador vocacional. Confira as orientações dos especialistas no quadro abaixo. Continue a ler a reportagem
Os especialistas sugerem também que o candidato dedique especial atenção à reflexão sobre si mesmo. Na prática, trata-se de pensar sobre as próprias competências e habilidades e também sondar as expectativas quanto ao futuro. O objetivo do processo é apontar carreiras com que o jovem tem mais afinidade, nais quais, em tese, se sentiria mais realizado como profissional. "O filósofo grego Platão costumava dizer que encontramos a felicidade quando utilizamos nossos talentos na sua potencialidade máxima", diz Villela da Matta, presidente da Sociedade Brasileira de Coaching. "Melhor, portanto, quando encontramos a carreira certa."
Os estudiosos do assunto concordam que a melhor forma de sondar as próprias habilidades e expectativas é questionar-se. "Quando estamos diante de uma questão difícil, vale muito elaborarmos as perguntas corretas. Elas nos guiarão até as respostas", diz Villela da Matta. É justamente o caso dos jovens que se perguntam: "Que carreira devo escolher?" Confira no final desta reportagem o questionário sugerido Sulivan França, presidente da Sociedade Latino-Americana de Coaching. 
Quase metade dos estudantes que abandonam seus cursos o fazem porque julgam ter escolhido a carreira errada, revelou um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP). Compreende-se por quê. Em geral, a opção por uma carreira é feita muito cedo, entre os 17 e 21 anos, momento em que o jovem ainda descobre o mundo e suas possibilidades. A eventual desistência ou mudança de rumo não pode, portanto, ser vista como fracasso. A dúvida é natural.
"Os conhecimentos provenientes de um curso abandonado não devem ser encarados como perda de tempo ou atraso de vida", diz a orientadora vocacional Maria Beatriz. "A vida é um eterno recomeço e essa experiência certamente será usada pelo jovem como mais um aprendizado."
Nesse caso, os pais têm um papel extremamente importante. Eles devem participar da escolha dos filhos, preservando, contudo, o espaço necessário para as opções deles. "A influência familiar é um dos grandes fatores de pressão e frustração" diz Villela da Matta. É compreensível que o dono de uma empresa queira ver o filho ocupando sua posição no futuro, ou ainda que um advogado deseje ver a filha seguindo seus passos no Direito. Mas a escolha profissional é pessoal e intransferível. "Permitir que os jovens se responsabilizem pelas próprias escolhas também faz parte do processo de amadurecimento deles", acrescenta.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

4 dicas para melhorar o seu texto



A blogueira americana J. Maureen Henderson dá conselhos e dicas para melhorar o seu texto e facilitar o desenvolvimento



(Crédito: Wrangler/ Shutterstock.com)
(Crédito: Wrangler/ Shutterstock.com)
A escrita deve ser considerada como um jogo de palavras buscando sempre a coesão e coerência

Segundo a blogueira norte-americana J. Maureen Henderson existe uma série de conselhos para se tornar um escritor melhor. Mas o foco parece estar sempre na melhor forma de desenvolver a identidade de “escritor” e não de começar a trabalhar nos textos.

» 4 dicas de como conseguir boas ideias no chuveiro » 6 dicas para montar um bom resumo para estudar às vésperas do Enem 2011 

Para ela, a escrita deve ser considerada como um jogo de palavras buscando sempre a coesão e coerência e organizando as ideias para que o texto fique claro. Como uma grande fã da prática, e não como alguém particularmente interessada em escrever loucamente até seu texto ficar perfeito, os conselhos são:

Escrever mais

Esse conselho é bastante normal. Ser prolixo não é bom. Textos demorados e muito extensos mostram que você não está escrevendo e revisando criticamente. Se você tem vício debilitante em advérbio e não consegue dizer a diferença entre confuso e perplexo e simplesmente escreve o maior volume de parágrafo na prosa, o seu texto não está fluindo bem e isso não faz bem ao seu jogo.

Ler mais

Também conselho padrão, mas novamente ele só funciona se você estiver lendo coisas que ampliem o seu vocabulário ou que é melhor do que você escreve no seu próprio texto. Você deve ser capaz de apreciar e analisar a boa escrita sem cair na armadilha de imitá-la em seu próprio trabalho.

Editar o trabalho de outras pessoas

Isso pode ajudar enormemente. Ao ler o trabalho de outra pessoa é como se você estivesse experimentando o seu texto como uma resposta ao consumidor que você é, e não ao criador. Como isso faz com que você se sinta? O texto está fluindo? O que puxar mais fundo na história? Faça questionamentos que te capacitem a fornecer um feedback construtivo e útil para alguém.

Se ainda não é ficção

A menos que você esteja escrevendo uma lista numerada ou dicas de como fazer, você está contando uma história. Você tem caracteres, você tem que criar um teatro, com conflitos e comédia, sem esquecer o final com a resolução ou não dos problemas. Não importa se eles são pessoas reais ou o produto de sua imaginação, você precisa descobrir como construir uma narrativa atraente ao redor e proporcionar aos leitores uma espécie de pagamento intelectual ou emocional, em troca de seu tempo e atenção.



Dicas de exercícios físicos que ajudam a relaxar e turbinar o cérebro para o Enem 2011



Especialistas dão dicas de exercícios físicos e atividades relax para acelerar ou acalmar o cérebro (dependendo de sua necessidade) que deixam seu corpo e mente prontos para encarar o Enem  


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(Crédito: Dmitriy Shironosov / Shutterstock.com)
(Crédito: Dmitriy Shironosov / Shutterstock.com)

Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) se aproxima. As provas acontecem nos dias 22 e 23 de outubro. Se você está se perguntando se estudou tudo o que tinha para estudar ou se lá na hora da prova vai esquecer alguma resposta, saiba que para manter a suamemória ativa não é só estudando e decorando que você conseguirá este feito.




Especialistas explicam que exercícios físicos como alongamento, atividades de alto gasto calórico como o futebol e corrida estimulam o cérebro e deixam você "tinindo" para a prova.

Por outro lado, se o que você precisa é relaxar, o ideal é tirar uma pausa entre as atividades e até uma soneca boa. Dormir também ajuda a promover sensações de prazer e bem-estar no organismo.

Confira a seguir as dicas para você ativar e relaxar o corpo e mente de acordo com sua necessidade e garantir que você esteja pronto para o exame: 


1 - Exercícios aeróbicos de alto gasto calórico ativam o cérebro

Atividades físicas aeróbicas como a natação, futebol e vôlei promovem aumento na produção de endorfina dentro do cérebro, substância que produz sensação de bem-estar. Mas não é só isso. Além dessa sensação de prazer, tais atividades aprimoram funções da memória, fortalecem o sistema imunológico e retardam o envelhecimento. "Tais atividades ainda melhoram a circulação sanguínea e a distribuição de oxigênio pelo corpo", explica o presidente do Comitê de Traumatologia do Esporte, Dr. André Pedrinelli.

É verdade que quem pratica as atividades sente os benefícios principalmente em longo prazo, mas nada impede que o candidato ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) passe a apostar nas atividades físicas agora, às vésperas da prova.

Mas vá com calma para não se machucar antes do exame! O ideal é procurar um profissional que poderá acompanhá-lo nesses primeiros dias de atividades intensas para que você evolua gradualmente sem risco de lesões.


2 - Alongue-se e fique mais tranquilo e feliz

Muita gente não sabe, mas o simples alongamento estimula o cérebro a liberar "hormônios do bem-estar" incluindo a serotonina - substância chamada de neurotransmissor que serve para conduzir a transmissão de um neurônio para outro. Por isso, quem está tenso nos últimos dias que antecedem ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) pode dar uma “esticadinha” no corpo para afastar a ansiedade.

Além disso, vale lembrar que alongar o corpo tende a diminuir a rigidez muscular e quando o cérebro relaxa por meio do alongamento corporal, envia sinais para que as células se renovem. “Isso faz com que os praticantes se sintam mais vigorosos e joviais", explica o professor do curso de graduação de Educação Física da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Carol Kolyniak Filho.


3 - Pintou aquela preguiça só de olhar para os livros? Levante e corra

A corrida pode ser uma excelente pedida para quem está se preparando para o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Ela faz aumentar o número de neurônios no cérebro (sim, é comprovado cientificamente) e gera uma melhora significativa da memória e de outras habilidades mentais conhecidas como funções cognitivas. São elas: percepção, atenção, memória e linguagem. Todas, muito usadas na prova do Enem, com enunciados longos e que exigem cada vez mais atenção dos candidatos.

Além disso, passar a praticar o esporte pode ser determinante, segundo especialistas, justamente pelo perfil de exame ao qual o aluno será submetido. Uma prova que exige atenção, concentração, mas também, tranquilidade para raciocinar e garantir um bom resultado. “Isso acontece porque a corrida melhora o fluxo de sangue no cérebro, o que auxilia a capacidade de lidar com problemas e com o estresse”, afirma o presidente do Comitê de Traumatologia do Esporte, Dr. André Pedrinelli.

4 – Exercite-se e ganhe mais autoconfiança para a prova

A endorfina é uma substância natural produzida pelo cérebro em resposta ao estímulo da atividade física. Mas outro hormônio presente no cérebro estimulado por ela quando em produção é a anandamida que também pode ajudar muito quem vai prestar a prova do Enem, já que ativa no cérebro sensações de autoconfiança e auto-estima. “Além disso, vale ressaltar que o aumento do nível das substâncias favorece o bom astral principalmente nos relacionamentos afetivos”, diz João Ricardo Cozac, presidente da Associação Paulista da Psicologia do Esporte. O melhor? Isso vale para qualquer atividade física. Escolha a sua!


5 - Dormir bem é igual a mais concentração para a prova

O sono é muito importante para que o corpo se mantenha saudável. “Quanto maior o tempo de sono, melhor para o estímulo da memória, pois ela se transfere de memória em curto prazo para em longo prazo”, explica o professor do curso de graduação de Educação Física da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Carol Kolyniak Filho.

Segundo o professor, o ideal é que o estudante durma de sete a nove horas para obter um melhor desempenho no momento da concentração. Isso, sem contar que além de ser um ótimo exercício físico para relaxar e aumentar a concentração, o sono também reduz o estresse, a tensão nervosa e muscular.

6 - Faça pausas de duas horas entre exercício e estudos

A super estimulação do cérebro o mantém ativo, mas assim como nosso corpo ele também cansa. Por isso, também precisa de uma pausa. Então, nada de correr e depois se debruçar nos livros. Se você praticou alguma atividade física logo cedo, volte para casa, tome um banho e descanse.

"Após praticar atividades físicas e ter liberado um quantidade grande de endorfina, é preciso descansar mais ou menos duas horas para começar outra atividade, o que inclui estudar", aconselha o professor do curso de graduação de Educação Física da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo), Ivo Ribeiro de Sá.



Campeões do Enem ensinam como garantir pontos extras na prova



Nas vésperas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), os melhores colocados contam como foi a preparação e estratégia utilizada durante a prova 


(Crédito: Teerapun / Shutterstock.com)
(Crédito: Teerapun / Shutterstock.com)

A competição entre alunos e escolas acirrou tanto desde que o Enem (Exame Nacional de Ensino Médio) reformulou o modelo de prova em 2009, que levou oMEC (Ministério da Educação) a divulgar apenas o ranking dos colégios no ano seguinte, como forma de reduzir polêmicas. Neste ano em que o exame pegou muita gente de surpresa, a unanimidade entre os melhores colocados é de que a prova se transformou em teste de resistência, uma vez que o número de questões quase triplicou.

» Saiba o que comer para se dar bem na prova do Enem 

Para ajudar quem vai encarar o Enem 2011 , nos dias 22 e 23 de outubro, ouvimos a “receita” dada pelos grandes campeões de anos anteriores. Confira:

Henrique Leite , 20 anos, ocupou a primeira colocação no ranking geral do Enem em 2009. Meses depois o sucesso do jovem curitibano se repetiu no ITA (Instituto de Tecnologia da Aeronáutica), um dos vestibulares mais concorridos da América Latina. No momento em que a sirene anunciava o início da prova, Henrique disse que começou encarando perguntas de Exatas, com as quais tinha mais afinidade. "Fazer primeiro o que se gosta dá conforto psicológico para encarar o restante da prova. Mas o maior truque é não ‘empacar’ em uma pergunta”, conta o estudante de Engenharia da Aeronáutica, que reforça a necessidade de estudar todas as matérias. “Usei bastante a Internet para estudar assuntos que não gostava como Biologia."

Ele manteve uma jornada diária de quatro horas de estudos com foco intensivo na preparação para os vestibulares - o que trouxe preparo físico e mental para encarar o Enem. Mas ao contrário do que se pensa, ele evitava se debruçar em livros aos finais de semana. “Ia apenas para a aula aos sábados e não estudava mais. Aproveitava para me divertir e sair com amigos.”

O paulista Iago da Silva Caires tinha 17 anos e cursava o 2º ano do Ensino Médio quando faturou a 3ª posição no ranking geral do Enem. A pontuação foi decisiva para que, no ano seguinte, o jovem assegurasse vaga no curso de Medicina da USP (Universidade de São Paulo) - um dos mais concorridos do País.

O estudante revela que ler estruturas diferentes de texto com grande frequência é fundamental para obter êxito na prova. "As questões são longas e a prova vence pelo cansaço. Para não me perder em um exercício extenso eu treinava a leitura. Com o tempo, você aprende técnicas que ajudam a compreensão como sublinhar as informações principais."

Na reta final para o exame, Iago acredita que não é possível estudar tudo o que ficou para trás, mas aconselha rever assuntos pontuais que não ficaram muito claros. “Conceitos fundamentais de Matemática são importantes. Refazer alguns exercícios pode fazer a diferença”, diz. No dia da prova, o jovem conta que fez uma refeição leve poucas horas antes, mas sem pausas para beliscar nada durante o Enem para não perder o foco.

Assim como Iago, Victor Silva Cachapuz , 20 anos, também cursa Medicina na USP, em Ribeirão Preto. Ele ficou em quinto na classificação geral do Enem porque meses antes manteve foco nas matérias que tinha maior dificuldade. “O Enem é longo e cansativo. O sucesso no exame depende da capacidade do aluno em manter um bom raciocínio por muito tempo”, afirma.

A dica que Victor dá aos candidatos é marcar o tempo gasto para solucionar cada questão. Para isso, ele recomenda fazer simulados em tempo real para avaliar o próprio desempenho e, assim, descobrir as matérias que cada um deve priorizar no decorrer da prova.

Fonte: Universia Brasil